Bauru está localizada no interior de São Paulo a 345 km da capital. O Aterro está localizado na área rural em uma latitude 22º15’ Sul e a uma longitude 49º08’ Oeste e é acessado pela Rodovia Marechal Rondon, Km 353 mais 500 metros, ficando a uma distância 15 Km do centro da cidade.
O Aterro de Resíduos Sólidos Urbanos de Bauru foi projetado pela Escola de Engenharia de São Carlos em 1992 e iniciou suas atividades em 1993, com uma área total de 268.984,75 m2. Obteve a Licença de Instalação (07000310) em 17 de dezembro de 2000 e obteve Licença de Operação (7001694) em 22 de agosto de 2005.
O Aterro teve sua vida útil esgotada em junho de 2016, onde foram atendidos durante 23 anos cerca de 379.297 habitantes, que descartavam aproximadamente 280 toneladas/dia de resíduos, sendo que apenas uma média 2% desse volume foram levadas para as cooperativas reciclagem da cidade. O veículo compactador utilizado na coleta de resíduos, ao chegar no Aterro Sanitário era pesado por balança específica, que aferia dados automaticamente para o Sistema de Controle de Resíduos, fornecendo dados gerenciais e de controle. A balança passava por manutenções, limpezas e calibrações anuais, sob fiscalização do IPEM/INMETRO para que a pesagem dos resíduos fosse feita com maior confiabilidade.
Em seguida, o resíduo era descarregado em uma célula previamente preparada e a cada três viagens de descarregamento, de acordo com a capacidade do veículo coletor, o resíduo era empurrado de baixo para cima contra um barranco ou célula anterior e distribuído pelo seu talude, com auxílio de um trator esteira. O trator subia e descia a rampa compactando o resíduo sólido domiciliar, a fim de que o resíduo fosse reduzido ao seu volume mínimo (geralmente a um terço do volume inicial). No final do dia, ou quando a coleta estivesse terminada, estes resíduos recebiam uma cobertura de terra (15 a 30 cm), com a finalidade de evitar a atração e a proliferação de vetores, gases e odores, ficando assim constituída a célula sanitária para adequado controle do processo anaeróbio de degradação da parcela orgânica da matéria disposta. Assim que as células sanitárias da camada operada eram concluídas, recebiam uma cobertura de 60 cm de solo bem compactado, finalizado com a cobertura vegetal do tipo gramínea e sistemas de drenagem superficial previamente projetados, selando dessa forma o aterro sanitário.
Nos anos de 2016 à 2021 a EMDURB foi responsável por promover a manutenção, monitoramentos ambientais, obras e melhorias do Plano de Encerramento do Maciço de Resíduos provenientes da operação realizada de 1993 à 2016, assim como operar e destinar os resíduos verdes e volumosos provenientes da limpeza pública do município.
Foram realizadas parte das obras de conformação geométrica de bermas, taludes e platô, a implantação e melhorias da rede de drenagem interna, com a captação, condução, reservação, transporte, tratamento e disposição do chorume gerado, assim como a captação, combustão e exaustão dos gases gerados no interior do aterro sanitário. Também foram ampliadas e reparadas o sistema de drenagem pluvial superficial do maciço de resíduos, além do plantio de gramíneas e serviços de corte e roçagem da cobertura vegetal estabelecida.
Durante o período foram executados quinzenalmente o controle de pragas e vetores, com o auxílio de armadilhas biológicas, aplicação de pesticidas, raticidas e similares.
O monitoramento geotécnico também fez parte do rol de serviços do período com campanhas trimestrais de levantamentos de dados em campo, leitura de instrumentos e inspeção visual, com posterior emissão de relatórios técnicos interpretados por responsável técnico independente, sendo aferida as condições de estabilidade, segurança e propostas de melhorias para o local.
A investigação, controle e monitoramento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas do aterro também foram constantes durante a gestão da EMDURB, sendo realizadas campanhas semestrais de coleta de amostras no córrego Gabiroba e 12 poços subterrâneos, com posterior análise em laboratório certificado pelo INMETRO e emissão de relatório de qualidade das águas que foram remetidos à CETESB conforme legislação vigente.